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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Medicamento antiobesidade Qsiva é reprovado pelo comitê da Agência Europeia




          Aprovado pelos Estados Unidos em julho deste ano, o Qsiva ou Qsymia acaba de ser  reprovado pelo Comitê de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos. Segundo a Vivus, fabricante do remédio, o CHMP argumentou a existência de potenciais efeitos cardiovasculares no sistema nervoso central associados à longa utilização do produto, o seu potencial teratogênico e o seu uso por doentes para os quais o fármaco não é indicado.
          A Vivus afirmou que vai recorrer da opinião e requerer a revisão da decisão da Agência Europeia. Segundo o presidente da Vivus, Peter Tam, a empresa continua empenhada em conseguir o Qsiva® aprovado na Europa e irá trabalhar estreitamente com o novo relator e co-relator para fazer com que isso aconteça.
          Nos EUA, sob o nome de Qsymia, o medicamento foi aprovado porque o FDA (agência americana de controle de alimentos e remédios) considerou seus benefícios maiores que os riscos para pessoas com doenças associadas ao aumento de peso, como diabetes, hipertensão ou colesterol alto.

Fato Festejado

          Na opinião da Dra. Rosana Radominski, presidente da ABESO, não se consegue entender as agências regulatórias. “Recentemente, a combinação topiramato e fentermina (Qsymia) foi aprovada pelo FDA, fato extremamente festejado nos EUA como uma decisão acertada. A medicação é bastante potente, com redução de aproximadamente 8kg de peso em doses de 7,5mg de fentermina + 46mg de topiramato e de 11kg com doses maiores (15mg/92mg)”, afirma.
          A Dra. Rosana acrescenta que os discretos efeitos em relação ao aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial não prejudicaram os resultados finais em termos de controle da hipertensão e que, da mesma forma, os outros efeitos adversos (principalmente psiquiátricos) não comprometeram a segurança do medicamento a longo prazo.
          Quanto aos efeitos teratogênicos durante a gestação, ela lembra que foram bem ressaltados, bem como o perigo do uso off label do remédio.

Artigo Publicado

          De acordo com a Dra. Rosana, na ocasião, os técnicos do FDA concluíram que, com as devidas precauções, a medicação poderia ser liberada para o tratamento de obesos. E mais: ela cita o artigo, recentemente publicado no New England Journal of Medicine (15 de outubro de 2012): “(...) baseado nos dados disponíveis, o FDA determinou que a combinação topiramato/fentermina e a lorcaserina – outra droga antiobesidade aprovada recentemente –têm perfis de benefício-risco favoráveis para manejo crônico da obesidade em determinados pacientes obesos ou com sobrepeso. (...) Colman e cols. 
          A presidente da ABESO explica que estas duas medicações têm sido utilizadas isoladamente, há décadas, com efeitos colaterais bem conhecidos. Além disso, a combinação de doses menores, em estudos controlados, tem mostrado maior segurança e eficácia em pesquisas de pelo menos dois anos de duração. 
          “É cansativo ter que repetir que todos os medicamentos possuem efeitos adversos e que, quando os benefícios são maiores, há necessidade de se administrar os riscos. Quando se vê disparidades de conclusões como estas, tendo como base os mesmos pacientes, os mesmos dados, a mesma medicação, pergunta-se: a base das evidências muda? Os resultados mudam? A estatística muda? Não, o que muda são os pesos e as medidas. E sempre perde quem mais precisa – o paciente”, declara.






Dormir Pouco Altera Níveis Hormonais e Favorece Obesidade




          Dormir menos do que o necessário mexe com os hormônios, que podem aumentar o apetite e favorecer a obesidade. A conclusão é fruto de uma grande revisão de artigos médicos, publicados no período de 1996 a 2011.
          Os autores do estudo, veiculado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, são cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia, EUA, que elaboraram tabelas comparativas sobre o funcionamento do metabolismo e o consumo energético dos pacientes.
          Segundo eles, os níveis de hormônios como grelina (que controla e fome) subiram e os de leptina (que age sobre o apetite e o gasto de energia) diminuíram durante a privação de sono, o que pode causar ganho de peso.
          As taxas de insulina, glicose e cortisol (hormônio do estresse) das pessoas também foram analisadas.            
          Assim, verificou-se uma menor sensibilidade à insulina, podendo aumentar o risco de diabetes.
          Liderados pela professora de ciências da nutrição, Sharon Nickols-Richardson, os pesquisadores afirmaram que a mudança no estilo de vida, como focar na alimentação e na atividade física, é fundamental para o controle da gordura corporal.
          No entanto, ressaltaram que dormir bem também ajuda a regular o balanço energético.
          Estatísticas americanas apontam que mais de 35% dos adultos estão obesos e 28% dormem menos de 6 horas por noite.
          Mesmo assim, a pesquisa esclarece que novos trabalhos são necessários para determinar os efeitos da privação de sono sobre a composição corporal.





terça-feira, 9 de outubro de 2012

Audiência pública nesta terça (9) discute retorno ao mercado de emagrecedores proibidos pela Anvisa




          A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados fará, nesta terça-feira (9) à tarde, uma audiência pública para discutir a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela proibição de medicamentos inibidores de apetite.
          A agência anunciou o veto aos medicamentos anfepramona, femproporex e mazindol há cerca de um ano, por considerar que os riscos dessas drogas superam seus benefícios. Na ocasião, especialistas manifestaram descontentamento e agora querem discutir um projeto de lei que reverta a decisão.
          Segundo as deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que é farmacêutica e bioquímica por formação, a obesidade é uma doença crônica que causa danos irreversíveis à saúde. “Não se deve desconhecer a situação do doente obeso que não responde ao tratamento via reeducação alimentar e de novos hábitos de vida, para os quais o endocrinologista faz a opção do apoio medicamentoso”, afirma.
          Além de técnicos da Anvisa, médicos e nutrólogos foram convidados a participar da audiência. “Vamos mais uma vez conversar com o Governo, alertar que um paciente saudável implica em uma economia nos bolsos da saúde pública brasileira", diz Guilherme Giorelli, médico nutrólogo da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Anvisa proíbe comércio de produtos com chá verde para emagrecer


          A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu nesta segunda-feira (8) o comércio, distribuição, manipulação e a divulgação de produtos feitos à base de chá verde e que são voltados ao emagrecimento. O órgão publicou a resolução no "Diário Oficial da União" e a medida passa a valer a partir desta segunda-feira (8).
          Segundo a portaria, ficam proibidas ainda a fabricação e a distribuição de produtos como chás, além de medicamentos aplicados por injeção que tenham o componente "chá verde" isolado.
         A Anvisa tomou a decisão de suspender o comércio desses produtos após identificar propagandas na internet de tratamentos estéticos e combate à gordura localizada que sugeriam o uso de formulações injetáveis contendo chá verde isolado ou associado a outras substâncias.
          A agência afirma ainda que não existem estudos realizados pelo órgão que constatem a segurança e eficácia da aplicação subcutânea de chá verde e outros extratos vegetais.