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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Falta de Atividade Física Reduz Expectativa de Vida em Até 10 Anos

        
        
          Quem se exercita diminui em até 50% a chance de desenvolver doenças crônicas, como diabetes, problemas cardiovasculares e câncer. Por outro lado, a falta de atividade física pode reduzir em até 10 anos a expectativa de vida. Os dados foram abordados no Simpósio sobre Balanço Energético da Série Científica Latino-Americana, que acaba de ser realizado no Guarujá (São Paulo).

          No simpósio, que reuniu mais de 130 especialistas e pesquisadores em nutrição e saúde pública em todo o continente, os especialistas chegaram à conclusão de que a atividade física é a forma mais eficiente de combater a epidemia da obesidade.

          Para o Dr. Eric Ravussin, diretor do Centro Biomédico Pennington de Pesquisa em Nutrição sobre Obesidade, da Universidade do Estado de Louisiana, um dos fatores determinantes no ganho de peso da população, nos últimos anos, é o aumento da ingestão de gordura, e não de carboidratos e açúcares, já que as gorduras têm um maior impacto no desequilíbrio de energia.

Forma Diferente

          O Dr. Ravussin explicou que o metabolismo do corpo humano funciona de forma diferente para carboidratos e gorduras. Enquanto os primeiros vão para o fígado, e servem para proporcionar energia ao músculo esquelético, os segundos praticamente servem para desenvolver o tecido adiposo, levando ao aumento de peso e medidas.

          Já o Dr. John Dupley, da Universidade de Rosário (Colômbia), que também participou do evento, apresentou provas científicas dos benefícios da atividade física em todas as áreas da saúde.

          De acordo com ele, praticar uma hora de exercício moderado, diariamente, pode ativar cerca de 800 genes que contribuem para a manutenção da boa saúde, bem como para reduzir em até 50% o desenvolvimento de doenças, como câncer, diabetes e derrame.

          O Dr. Dupley listou cinco intervenções no estilo de vida capazes de reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em até 90%: não fumar, ter um consumo moderado de álcool, comer cinco porções de frutas e vegetais, fazer pelo menos 150 minutos de exercícios físicos por semana, equivalente a meia hora por dia, e ter um peso adequado.
 
Outras Considerações

          Segundo o Dr. Fernando Lavalle, presidente do Comitê Científico responsável pela organização do simpósio, o controle inadequado do balanço energético é provavelmente a principal causa de obesidade que afeta a América Latina. 

          Por sua vez, o Dr. Mauro Valencia, pesquisador da Universidade de Sonora, salientou que o gasto energético total de um indivíduo está determinado pelo gasto do próprio metabolismo, o efeito termogênico dos alimentos e o gasto pela atividade física que é o mais variável.


FONTE: www.abeso.org.br
 
 

domingo, 12 de agosto de 2012

Pesquisa da Unicamp diz que cerca de 30% dos cânceres estão relacionados à obesidade


Obesidade Pode Piorar Condição de Cerca de 30% dos Cânceres

 

          Cerca de 30% dos cânceres estão relacionados à obesidade. A afirmação é de uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O estudo teve como base a utilização da inflamação provocada pelo tecido gorduroso do desenvolvimento do câncer colorretal.
          A pesquisa analisou os mecanismos do desenvolvimento desta patologia e identificou que este tipo da doença afeta 30 mil brasileiros por ano, causando oito mil mortes.
          Segundo o estudo, o tumor pode ser curado por meio de cirurgia, em 90% dos casos diagnosticados no estágio inicial da doença.
          Quatro grupos de camundongos receberam substâncias que induzem ao câncer colorretal. Eles foram assim nomeados pelos cientistas: os de controle (magros); os que receberam dietas hipercalóricas; os geneticamente obesos; e os com defesas baixas e câncer.
          Os que apresentaram os menores tumores e lesões foram os grupos de controle. Por outro lado, os animais que receberam dietas hipercalóricas e os obesos, por causa da genética, tiveram tumores em maior quantidade e tamanho.

Inflamação

          Dessa forma, os resultados comprovaram a tese dos pesquisadores, de que a inflamação da gordura corporal é a grande causadora do câncer colorretal.
          Com o objetivo de controlar a inflamação, os pesquisadores utilizaram uma droga usada em doenças autoimunes. Segundo eles, a substância tem o poder de deter o crescimento do tumor.
          O Dr. José Barreto Carvalheira, professor de oncologia da Unicamp e coordenador do trabalho, afirmou ser possível que o bloqueio dessa via de sinalização abra possibilidades para novas formas de prevenção. No entanto, considera que outros estudos devem ser feitos para avaliar a segurança disso em seres humanos.

FONTE: ABESO (http://www.abeso.org.br)

Consumo de medicamentos ‘off label’ dispara no tratamento da obesidade no Brasil


Uso de Drogas para Outras Doenças Cresce no Tratamento da Obesidade



     Segundo reportagem publicada, no último dia 5 de agosto, em O Estado de São Paulo, o consumo de remédios off label (indicação fora da bula) de drogas para epilepsiadepressão e diabetes disparou no Brasil. Dessa vez, como “alternativas” no tratamento da obesidade. Isso menos de um ano após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter proibido a venda de medicamentos derivados de anfetamina para tratar a doença.
     Como as opções que restaram – sibutramina ou orlistate – para o tratamento da obesidade não são eficazes para todas as pessoas, as que não conseguem emagrecer com essas substâncias têm tomado medicamentos à base de topiramatoliraglutidabupropiona e metformina.
     Essas substâncias não são proibidas, mas também ainda não foram aprovadas para o tratamento da obesidade, apesar de conseguirem a perda de peso do paciente.


Falta de Opção
     De acordo com o levantamento do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma), feito a pedido do jornal O Estado, a venda dessas quatro drogas aumentou acima do crescimento do mercado. Isso mostra que a falta de opção de remédios para emagrecer tem feito médicos as prescreverem.
Para se ter uma ideia, o anticonvulsivante topiramato teve seu consumo elevado em 64% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2010, antes da Anvisa proibir três dos medicamentos usados para emagrecer (anfepramona,femproporex e mazindol).
     Lentidão cognitiva, diminuição do raciocínio, esquecimento de palavras em um discurso e malformação fetal (risco de lábio leporino) estão entre os principais efeitos colaterais do topiramato. 
Em setembro do ano passado, apontada em uma revista como droga “milagrosa” para perder peso, a liraglutide, recomendada para tratamento do diabetes e vendida com o nome de Victoza, obteve uma explosão de vendas.     Já o antidepressivo bupropiona cresceu 54,6% nos seis primeiros meses de 2012 em relação ao mesmo período de 2010, segundo a reportagem de O Estado de São Paulo.
Ainda na reportagem, a metformina, indicada para diabetes, teve o maior aumento: 100%. Mas essa porcentagem pode ser explicada porque o medicamento passou a ser fornecido de graça na Farmácia Popular.


Especialistas Comentam
     Os especialistas Walmir Coutinho, presidente da Associação Internacional para Estudo da Obesidade; Márcio Mancini, chefe do setor de obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo; e Mario Saad, do Laboratório de Pesquisa em Resistência à Insulina da Unicamp, foram alguns dos entrevistados sobre o assunto.
     Segundo Walmir Coutinho, um terço dos pacientes não responde bem à sibutramina e muitos não se adaptam ao orlistate. Assim, ele afirmou ser natural que pessoas tentem tratamentos não indicados nas bulas, uma vez que “a Anvisa retirou três bons medicamentos do mercado”.
     No entanto, o Dr. Walmir alerta ser inaceitável que médicos prescrevam essas drogas a pacientes que só precisam perder três ou quatro quilos.
     O Dr. Mancini ressaltou ser previsível o crescimento no consumo de qualquer medicamento para a perda de peso. 
     Já o professor Mário Saad estudou o mecanismo de ação do topiramato em ratos e descobriu que ele diminui a ingestão de alimentos e aumenta o gasto energético, mesmo sem exercício. "Não podemos fechar os olhos para uma doença crônica como a obesidade. Precisamos dar uma resposta à população que ficou desassistida", declarou.



FONTE: Abeso (http://www.abeso.org.br)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Testosterona e Perda de Peso

     Apresentado no recente Congresso Europeu de Obesidade, na França, estudo afirma que homens na faixa de idade acima dos 60 anos, com níveis baixos de testosterona, podem perder peso recebendo injeções do hormônio. Após cinco anos recebendo a medicação, os 115 homens de 61 anos selecionados para a pesquisa perderam em média 16 quilos, baixaram a circunferência abdominal de 107 para 98cm, reduziram a pressão sanguínea e melhoraram os perfis metabólicos. Os ganhos foram progressivos ao longo do estudo.
     Especialistas em obesidade alertam que o tratamento realmente só deve ser utilizado em homens com deficiência de testosterona, pois o excesso pode aumentar o risco de problemas como trombose e lesão hepática. Bem utilizada, a reposição de testosterona melhora a disposição física e o humor, diminui quadros depressivos e equilibra o colesterol.

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FONTE: Revista da Abeso (Junho de 2012)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

10 Coisas que Você Precisa Saber sobre o Colesterol


Embora muitas pessoas achem o colesterol uma substância maléfica, ele é primordial para o funcionamento do corpo humano. Para isso, no entanto, seus níveis devem estar sempre controlados. Confira, abaixo, 10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Colesterol:
  1. O colesterol é um tipo de gordura (lipídio) encontrado naturalmente em nosso organismo. Ele é fundamental para o funcionamento normal do organismo, sendo o componente estrutural das membranas celulares em todo nosso corpo. Ele está presente no cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração.
  2. O corpo humano utiliza o colesterol para produzir vários hormônios, vitamina D e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. Cerca de 70% do colesterol é fabricado pelo nosso próprio organismo, no fígado, enquanto que os outros 30% vêm da dieta.
  3. Existem dois tipos de colesterol. O HDL é chamado de “colesterol bom” pois forma uma classe de lipoproteínas que ajuda a carregar o colesterol do ateroma dentro da artérias, e transportá-lo de volta ao fígado para ser excretado. Já o LDL, chamado de “colesterol ruim”, transporta o colesterol de células que mais produzem do que usam, para as células que mais necessitam. É considerado ruim pela relação que existente do alto índice de LDL com doenças cardíacas.
  4. Quando em excesso (hipercolesterolemia), o colesterol pode se depositar nas paredes das artérias, que são os vasos que levam sangue para os órgãos e tecidos, determinando um processo conhecido com arteriosclerose. Se esse depósito ocorre nas artérias coronárias, pode ocorrer angina (dor no peito) e infarto do miocárdio. Se ocorre nas artérias cerebrais, pode provocar acidente vascular cerebral (derrame).
  5. Manter uma vida saudável, praticando exercícios físicos e evitando comer alimentos gordurosos ajuda a evitar o alto colesterol. Parar de fumar também é uma atitude que ajuda a neste controle.
  6. Gema de ovo, bacon ou toucinho, carne de frango com pele, torresmo, manteiga, creme de leite e nata, frituras, salsicha, salame e lingüiça e carnes de animais são os principais alimentos que contém uma significativa quantidade de colesterol.
  7. O aumento no nível de colesterol no sangue não costuma ter sintomas. Em casos excepcionais, aparecem os chamados xantomas, que são sinais decorrentes do acúmulo do colesterol na pele. Quando o aumento do colesterol atinge níveis muito altos, pode haver um aumento no fígado, no baço e sintomas de pancreatite. 
  8. As taxas de colesterol apontadas em exames se referem à soma do bom colesterol (HDL) com o mau colesterol (LDL). Essa taxa é considerada boa quando está abaixo de 200, suspeita quando está entre 201 e 239 e elevada quando está acima de 240;
  9. Há três causas para a alteração do colesterol. A primeira é o fator genético, quando o indivíduo possui genes que determinam essa alteração. A segunda é a alimentação. Quem ingere alimentos gordurosos, com alto índice de colesterol, têm mais chances de sofrer com taxas altas. A última possível causa são doenças, como hipotireoidismo, diabetes e doenças nos rins.
  10. Para fazer uma dieta visando o controle do colesterol, prefira leite e iogurte desnatados, queijo branco fresco, ricota, "cottage", queijos "light”, peixes, aves sem pele, carnes magras, inhame, macarrão, pães, bolachas de água e de água e sal, evitando sempre gordura em excesso. O tratamento das alterações do colesterol deve ser mantido por toda a vida. Tanto os cuidados com a alimentação e exercícios, como o uso de medicamentos, deverão ser empregados por tempo indeterminado.


FONTE: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (http://www.endocrino.org.br).